terça-feira, 6 de abril de 2010

PROJETO AFETIVIDADE, SEXUALIDADE E DROGAS

Pulseirinhas do Sexo
Conhecidas como pulseirinhas do sexo, são coloridas, sendo que cada cor tem um significado, um grau de intimidade.
No Estado de Santa Catarina, há cidades que já aprovaram Lei que proíbe as pulseirinhas do sexo:
1ª cidade – Navegantes
2ª cidade – Joinvile
Em andamento, Itajaí.
Quem usa estas pulseirinhas entra em um jogo erótico, que funciona da seguinte maneira: a pulseirinha é estourada e o jovem que a estava usando deve cumprir o que a cor determina. Isso significa que o jovem, ao usar este acessório, está dizendo: “Sim, eu quero participar deste jogo” e fica à sua mercê.
O significado das cores:
AMARELA: abraçar;
ROSA: mostrar o peito;
LARANJA: morder com carinho;
ROXA: beijar com a língua;
VERMELHA: fazer dança erótica;
VERDE: chupar o pescoço;
BRANCA: a menina decide;
AZUL: a menina faz sexo oral;
ROSA-CLARO: o menino faz sexo oral;
PRETA: fazer sexo;
DOURADA: todos os itens acima.
Estas pulseirinhas resumem o “currículo sexual da pessoa”. Então, como trabalhar esta questão com o jovem?
Em nossa Escola é proibido, porém, além de proibir, passamos nas salas de aula, refletindo com os alunos sobre que valor estou dando ao meu corpo e que este valor passa pela auto-estima de cada um.
Enaltecemos também a questão do amor, do namoro, de que todos terão uma vida sexual, mas que seja no momento certo, com respeito e não de qualquer jeito, com qualquer um, em qualquer lugar.
Esse jogo está preocupando muito porque há jovens usando as pulseirinhas e levando na brincadeira. Acham que não vão precisar fazer o que a cor determina, quando alguém estourar a pulseira... Assim, já há casos de estupro e espancamentos de jovens que não quiseram cumprir com sua parte no jogo.
Além da questão da violência, refletimos com nossos alunos o risco de DSTs, onde o jovem muito cedo adquire uma doença que não tem cura e precisa se tratar, muitas vezes por toda vida.
Também a AIDS, embora o tratamento esteja muito mais eficaz é uma doença gravíssima, que não tem cura e vem aumentando muito entre as meninas.
Este jogo das pulseirinhas é um dos inúmeros jogos/códigos que os jovens praticam. Há outros, como por exemplo das camisetas. Quem usa camiseta preta mostra o peito para os colegas da esquerda; quem usa camiseta branca mostra o peito para os colegas da direita.
Então veja, proibir somente, não é o suficiente, pois o jovem vai inventar/criar outros códigos. A criança, o adolescente e o jovem devem saber dos perigos e ter força pra dizer: “Eu não quero isso para mim!”, pois muitos acabam usando para não se sentirem excluídos do grupo. E a força do grupo, dos amigos, é muito grande.
Precisamos conscientizar e orientar a criança e o jovem. E muitas vezes esse conscientizar passa pelo proibir sim! A função da Escola, da Família, dos Meios de Comunicação é informar, jamais deixando de cumprir esta função.
Também a figura de autoridade do pai, da mãe, da escola e outras organizações sociais, devem estar bem definidas e muito claras!! Autoridade mesmo!! O jovem não deve ter opção nestes casos.
Dar muitas opções para a criança e o jovem vai torná-los adultos inseguros, que não sabem diferenciar o certo e o errado, não conseguindo se posicionar diante das questões em que irá se deparar em sua vida.
Concluindo, gostaria de ressaltar a fala do Especialista em sexualidade: José Cláudio Diniz, onde o mesmo afirma (e isso vem de encontro com nossa prática na Escola Mansueto Boff): “Orientar os jovens que as pulseiras são apenas uma manifestação das relações de amizade e a questão da sexualidade não deve ser tratada por meio de pulseiras coloridas. Pais e professores não devem associar o sexo a algo ruim e sim explicar que o sexo é algo bom mas não nessa idade”.
Informar, conscientizar e posicionar-se, são tarefas do Educador, Pais e Instituições.

NEURA MORA
ESPECIALISTA EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS DA EEB PROFESSOR MANSUETO BOFF

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